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TÉCNICAS DE ROTEIRO PARTE 2

CONFRONTAÇÃO ou ATO 2:
O ato dois é uma unidade de ação dramática de aproximadamente sessenta páginas que vai da página 30 à página 90, e é mantido coeso no contexto dramático conhecido como confrontação.
Durante esse segundo ato, o personagem principal enfrenta obstáculo após obstáculo, que o
impedem de alcançar sua necessidade dramática. A história inteira é impulsionada pela necessidade
dramática. Necessidade dramática é definida como o que o seu personagem principal quer vencer, ganhar, ter ou alcançar durante todo o roteiro. O que o move através da ação? O que deseja o seu
personagem principal? Qual a sua necessidade? Se você conhece a necessidade dramática do seu personagem, pode criar obstáculos a essa necessidade, e a história torna-se uma série de obstáculo após obstáculo após obstáculo, que seu personagem deve ultrapassar para alcançar (ou não) sua necessidade dramática. Todo drama é conflito. Sem conflito não há personagem; sem personagem, não há ação; sem ação, não há história; e sem história, não há roteiro.
RESOLUÇÃO ou ATO 3:
O Ato III é uma unidade de ação dramática que vai do fim do Ato II, aproximadamente na página 90, ate o fim do roteiro, e é mantido coeso dentro do contexto dramático conhecido como resolução. Resolução não significa fim; resolução significa solução. Qual a solução do roteiro? O Ato III resolve a história; não é o seu fim.
Recapitulando:
Ato 1 --- Início.
Ato 2 --- Confrontação.
Ato 3 --- Resolução.

A pergunta é: Se essas são as partes que compõem o roteiro, como passar do Ato I, da apresentação ou início, para o Ato II, a confrontação? E como passar do Ato II para o Ato III, a
resolução?
A resposta é: Criando um ponto de virada, ou 'plot point'.
Um ponto de virada é qualquer incidente, episódio ou evento que entra na ação e a reverte noutra direção. Um ponto de virada ocorre sempre no final do ato 1 e no final do ato 2 aproximadamente nas últimas 5 páginas respectivas.
Lembra quando falamos sobre paradígmas no post anterior? Fica difícil criar um roteiro sem estar totalmente antenado com o paradígma dessa construção, haja visto que, a maioria dos bons roteiros correspondem ao mesmo. Mas isso não significa que não podemos mudar as regras. O paradigma é uma forma, não fórmula; é o que mantém a história coesa. A espinha dorsal, o esqueleto e a história é que determinam a estrutura; a estrutura não determina a história.
A estrutura dramática do roteiro pode ser definida como uma organização linear de incidentes, episódios ou eventos interrelacionados que conduzem a uma resolução dramática. Pr isso, podemos dizer que os roteiros que funcionam seguem o paradigma.
No próximo post vamos mostrar os tipos de roteiros...
Até lá.

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